Multigerações de X a Z
Nos últimos anos, o debate sobre as diferenças entre gerações e o seu impacto na vida profissional tem crescido, sobretudo devido às diferentes características de cada geração.
Todas as gerações são diferentes na sua abordagem e postura no ambiente profissional, sendo necessário salvaguardar cuidadosamente os rótulos associados a cada geração.
Quando falamos em novas gerações, as gerações X, Y e Z saltam para o centro do debate.
Geração X, Y e Z
Se a geração X (profissionais com idade superior a 35 anos) valoriza o reconhecimento e a posição que ocupa na empresa, os millennials ou geração Y (idades compreendidas entre 24 e 34) movem-se pela flexibilidade e pelo work-life balance. Com menos de 24 anos, a nova geração Z, que entra agora no mercado de trabalho, valoriza questões como a Responsabilidade Social.
Generalizações à parte, é importante analisar a diversidade de gerações que convivem atualmente nas organizações. Se olharmos além dos estereótipos, este novo ambiente profissional pode potenciar as empresas e maximizar o contributo de cada uma destas gerações.
A globalização e a tecnologia contribuíram para o nascimento de uma geração de jovens profissionais mais impaciente e ansiosa pela novidade. É também uma geração que, de uma forma geral, foi educada por pais mais propensos a expressar as emoções e a satisfazer as suas vontades. Talvez por este motivo, estes novos colaboradores querem crescer rapidamente nas organizações e são motivados por constantes desafios.
Critérios como flexibilidade, desenvolvimento de carreira, ambiente e cultura da empresa são fundamentais para a motivação no trabalho.
Motor de mudança
Com as características referidas, esta nova geração tem um papel cada vez mais assumido de motor das organizações. Este papel representa uma lufada de ar fresco que tem contribuído para a evolução das políticas e processos de Recursos Humanos, sobretudo nas áreas de Formação e Desenvolvimento, mas também nas medidas ligadas ao bem-estar e à conciliação da vida pessoal e profissional. Esta geração é, muitas vezes, vista pelos mais velhos como sendo "preguiçosa e mimada”.
Por outro lado, temos uma geração experiente, muitas vezes apelidada de "acomodada”. No entanto, é através da experiência e sabedoria dos anos de casa destes colaboradores que é possível transmitir a experiência de trabalho, sendo contagiada pelo entusiasmo e pela força dos mais jovens.
Além dos estereótipos
Vivemos numa época em que existe uma multiplicidade de gerações (multigerações) a cruzar-se nas organizações, exigindo um ambiente de tolerância e capacidade de adaptação. Se soubermos olhar além dos estereótipos, vamos poder maximizar as particularidades que cada uma das gerações traz ao mundo do trabalho.